Ubuntu para Smarthphones

A Canonical vai lançar em breve o Ubuntu para smartphones. Enquanto utilizador de iPhone e Apple OSX, preferia um ambiente mais livre e integrado sem o excesso de controlo da Apple, Windows ou Google (Android), pelo que para mim pessoalmente este novo player é uma excelente noticia.

Pessoalmente considero o Ubuntu como sistema operativo (OS) para utilizador final no seu conjunto muito apelativo, mesmo para o utilizador menos experiente. A minha opinião é suportada na facilidade de instalação do OS e gestão do sistema após instalação.

Os fóruns de utilizador e blogs para acompanhar as mudanças, tal como a sua loja de aplicações pré-instalada, permitem a quem nunca viu este OS adaptar-se rapidamente sem ter de aprender instruções de linha de comandos.

O Ubuntu é suportado grandemente pela sua comunidade de utilizadores, mas também pela Canonical, empresa que presta serviços pagos e gere a distribuição. A distribuição deste sistema operativo é gratuita (oferecida) para utilizador final e tem versões para posto de trabalho e servidor. A distribuição é baseada em GNU/Linux e nos utilitários e aplicações que foram construidos para este conjunto.

Esperemos que o Ubuntu para smartphones se apresente com a mesma abertura e vivacidade que a versão para computador tem demonstrado até agora.

Risco de desconformidade dos meios de verificação de produtos de desenvolvimento e aquisição de sistemas de informação

Ao defender os meios que conhecem como necessários, os técnicos envolvidos em aquisições ou desenvolvimento de sistemas de informação estarão a demonstrar também a sua competência.

Dizem algumas boas práticas que devemos tentar verificar nos vários momentos do projeto de desenvolvimento de sistemas de informação que quem tem a necessidade indicou como se verifica que se está a adquirir ou desenvolver corresponde a essa necessidade.

Ao verbalizar as formas de verificar o objetivo do requisito, quem o verbaliza revê o requisito e pode assim melhorar o detalhe sobre o mesmo. Está também a comprometer-se com o resultado construído ou adquirido e a reduzir com isso a possibilidade de gerar desconformidades com a sua expectativa.

O comprometimento de quem compra com a forma de verificar a conformidade do que se pretende comprar é um passo essencial no processo de alinhamento de quem tem a necessidade aos meios necessários garantir para verificar a conformidade dos produtos resultantes.

Para a sequência, quer o projeto seja em cascata ou em organizações mais recentes de projeto de desenvolvimento, a análise deverá conter pelo menos:

  1. Objetivo – O que se pretende atingir;
  2. Requisito – Detalhes considerados essenciais para atingir o objetivo;
  3. Critérios de verificação – A forma de verificar que os requisitos foram cumpridos; e
  4. Critérios de validação – A forma de dar como válida a verificação dos requisitos e objetivos atingidos.

Retirados os critérios de verificação e validação a quem constrói, não existirá o que verificar objetivamente. Os requisitos estarão ligados aos produtos por hiatos intransponíveis por falta de análise.

Porque o mais provável é a derrapagem nos prazos durante a análise quando os requisitos do produto forem descritos sem a preocupação com a forma de os verificar, também é bastante provável que quando confrontado quem tem a necessidade com o aumento do período de análise coloquemos em causa a competência da equipa técnica pela imprevisibilidade da sua atividade.

A minha recomendação é assim que defendam sempre os meios de confirmar por vocês próprios os produtos sem dependerem da intervenção do vosso cliente.

Recebi no email: Conceito de loop

Muitas vezes debato-me com dificuldades em explicar conceitos, justificado por ser muito critico com a utilização de analogias.

Embora ensinado nos básicos dos cursos relacionados com sistemas de informação, o loop encontrar-se muitas vezes na base dos erros mais complicados de resolver, até porque é difícil ao funcional reportar as condições em que o erro ocorre.

No loop, um processo contém uma sucessão de instruções com uma ou mais condições que provocam que o processo volte ao principio e seja repetido até ao inifinito.

Hoje recebi este email com a analogia da marcação de eventos com uma sucessão de acções em cadeia que entram em loop e acabam por alterar continuamente o sentido da decisão inicial.

Loop: Trata-se de uma terminologia usada pelo pessoal de informática para definir uma situação do tipo “pescadinha-de-rabo-na-boca”. Diz-se que um programa “entrou em loop” quando acontece uma situação do tipo exemplificado abaixo:

O Director chama a sua secretária e diz:
– Vanessa querida, tenho um seminário na Argentina, durante uma semana, e quero que me acompanhe. Por favor, faça os preparativos para
a viagem.

A secretária liga para o marido:
– João! Vou viajar para o estrangeiro com o director por uma semana. Cuida-te querido!

O João liga para a amante:
– Elvira, filha. A bruxa vai viajar para o estrangeiro por uma semana. Vamos estar juntos, minha princesa …

No momento seguinte, a amante liga para casa de um menino a quem dá explicações particulares:
– Luizinho, na próxima semana estou com muito trabalho e não vou poder dar-lhe as explicações….

A criança liga para o seu avô:
– Avozinho, nesta próxima semana não tenho explicações, a professora vai estar muito ocupada. Vamos passar a semana juntos?

O avô (que é o director desta história) chama imediatamente a secretária:
– Vanessa! Suspenda a viagem, vou passar a semana com o meu neto, que não vejo há algum tempo, por isso não vamos participar no seminário. Por favor, cancele a viagem e o hotel.

A secretária liga para o marido:
–  Ouve João querido! O idiota do director mudou de ideias e acabou de cancelar a viagem.

O marido liga para a amante:
– Amorzinho, desculpa! Não podemos passar a semana juntinhos! A viagem da bruxa foi cancelada.

A amante liga para o menino a quem dá aulas particulares:
– Luizinho, alteração de planos: afinal esta semana teremos explicações como de costume.

A criança liga ao avô:
– Avô! A estúpida da minha professora ligou a dizer-me que afinal terei explicações. Desculpa, mas assim não poderemos ficar juntos esta
semana.

O avô liga para a secretária:
– Bom Vanessa, o meu neto acabou de me ligar a dizer que, afinal, não vai poder ficar comigo essa semana. Portanto, dê seguimento à viagem para a Argentina.

A secretária liga para o marido… Entenderam agora o que é um LOOP?????

 

Principios de redes sociais para empresas

Wisdom of the crowdsO Web 2.0 foi o chavão jornalístico do ano 2006 que foi criado como uma definição da 2ª geração de comunidades baseadas na World Wide Web e dos serviços que estas tinham à sua disposição.

Para compor o ramalhete juntaram-lhe outro chavão: AJAX. Não é um detergente, mas sim um conjunto de técnicas de programação que permitem o desenvolvimento de aplicações enriquecidas por dados lidos apartir de XML, mas em que a principal imagem de marca é que não tem de se recarregar a página para obter dados novos.

Os sites deixaram de ter uma secção a que chamavam “comunidades” para passarem eles próprios a conterem informação criada, ordenada e moderada pelos seus próprios utilizadores, algo defendido já em 2005 pela organização Demos como forma de governação, proposto por David Siegel em 1999 num dos seus livros e explicado aqui pelo jornalista James Surowiecki.

Enquanto a WWW origina na necessidade dos cientistas do CERN partilharem a sua informação, os ambientes empresariais estão longe de terem neste momento semelhanças com o ambiente académico e de investigação em que a Web se desenvolveu.

Os modelos de aproveitamento de inteligência do grupo passam todos por libertar o poder de moderação e entregá-lo aos utilizadores.

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Cloud computing como alteração do equilíbrio de poder

Querem-nos fazer crer que cloud computing é como utilizar a rede eléctrica ou telefónica, mas não é. Nos casos das redes, estes transportam-nos algo para nos entregar. É acima de tudo transitório e o risco associado é temporário. No cloud computing nós confiamos o que é nosso por muito mais tempo.

A relação de poder fica desequilibrada a favor de quem presta o serviço quando lhe entregamos a nossa informação para guardar na sua nuvem de computação (cloud computing). Podem ouvir aqui um senhor de óculos e modos estranhos a explicar como funciona ou aqui o senhor da Google a vender o peixe dele.

Eu uso as aplicações disponíveis na Internet que chegue. Aliás, considero-me mesmo um caso clinico de vicio. Basta seguirem-me no Twitter ou no Linkedin para saberem isso, mas na realidade nada do que lá coloco é essencial ao meu dia a dia e à minha vida pessoal. Não passam de inflamações do meu próprio egocentrismo que partilho na comunicação com outros. Não as entregar desapaixonadamente ao etér seria como proibir as pessoas com quem falo de reterem o que lhes digo.

No caso das empresas e instituições o caso muda de figura. Não se tratam de meras conversas ou piropos inflamatórios, mas da garantia de direitos e obrigações que passam a ser atribuídos a outros.

Como pilares do cloud computing para empresas temos o Software como Serviço (SaaS) e o Hardware como serviço (HaaS). Os dados residem no prestador de serviços conforme o modelo de contratação que ele próprio idealiza e com a força negocial que a concentração dos seus clientes lhe irá dar.  Estas empresas prestadoras de serviços não conseguem hoje esta alavanca negocial sem a mudança que nos propõem. O modelo está imaginado para alterar a concentração, garantindo condições negociais muito superiores a quem prestar o serviço. Continuar a ler “Cloud computing como alteração do equilíbrio de poder”