Bom senso e senso comum para a gestores de projectos

As actividades de gestão de projectos são aos olhos de um gestor de projectos experimentado um conjunto de óbvios. Estes óbvios poderão ser confundidos com bom senso ou senso comum.  

O bom senso e senso comum não fazem um bom gestor de projectos. Tanto o bom senso como o senso comum não passam de convenções restritas a grupos com a mesma origem, vivência em período comum e formação comum. 

Mesmo garantindo a origem, esta não garante as convenções para além de um período curto. As religiões tentam controlar estes pontos tentando garantir a imutabilidade da doutrina, mas até estas são alteradas ao longo dos anos e para populações específicas.

As convenções de bom senso ou senso comum, sendo válidas para populações e períodos restrictos, não podem por isso e por si só garantir um bom seja o que fôr, pelo que também não garantirão um bom gestor de projectos.

Sobre a gestão caseira

Mulher com dinheiroA gestão do orçamento familiar deve ser uma preocupação de cada um, endereçado por cada chefe de família como se se tratasse do orçamento de uma empresa.

Numa perspectiva de gestão do esforço familiar, deveria igualmente fazer-se um plano trienal ou menos ambicioso, um plano anual, que devia ser revisto a cada três meses quanto ao seu cumprimento.

Na manutenção familiar, e para aqueles em que todos os rendimentos vão directamente para o banco, obter via serviço online a informação até pode ser uma tarefa simplificada, dependendo de ter ou não mais contas para controlar, mais obrigações ou melhor ou pior serviço online do seu banco.

Pequenas alterações ao orçamento seriam seriam fáceis de encaixar e controlar não fosse a alteração brutal do ambiente externo ao exercício de gestão que estes controlam. Estou a falar do preço das hipotecas e dos combustíveis.

Não sou apoiante de todas as teorias da conspiração de como o preço do combustível é controlado apenas por umas quantas pessoas, mas começo a ficar desconfiado…

Os combustíveis parecem teimosamente não querer deixar de nos mudar o estilo de vida e empurrar a todos para a pergunta que se impõem: Que alternativas?

Os governos, se querem continuar a ser eles a resolver-nos todos os problemas das nossas vidas, terão de arranjar alguma coisa com que solucionar isto. E não pode ser urinar no depósito pois segundo a lei portuguesa, até isso paga imposto.

Se virmos bem, as alternativas actuais não resolvem nada. Os transportes públicos não têm condições para trazermos as compras para casa.

Aí está algo que ninguém se lembra nunca quando está a escolher o carro: será que dá para levar a avó à missa aqui?

Acho que a principal razão pela qual não conseguimos realmente livrar-nos do problema é porque não é suposto. É mesmo assim.

Como a cenoura e o pau são para o burro, com a crise para nos por a correr de medo de levar-mos com o pau e a melhoria de vida para nos por a pensar que algum dia lá vamos chegar.