Toda a União Nacional num só Twitt

Este twitt de quem diz ser Pedro Passos Coelho é toda uma teoria de um só partido em 140 caractéres ou menos.

Houve quem se viesse queixar que esta intrepretação seria abusiva, mas sem ter muita certeza.

A razão de ser do nosso estado de coisas advem desta noção de que os outros partidos não fazem parte da solução e de que só lá estão para criar problemas.

As soluções de um só partido ou de ditadura legislativa foram, como se pode ver, uma péssima solução para o nosso problema.

Apresentem as políticas que propõem cumprir que isto do voto não é um cheque em branco, tenham em conta as obrigações assumidas perante a troika e tenham juizinho.

 

Jornalistas, Politicos, ajuste directos e outras casmurrices

Jornlistas, blogueiros e Twitteiros ficaram excitadissimos com os ajustes directos de uma entidade do estado que descobriram na Internet. Fala-se principalmente dessa e nem uma palavra sobre as restantes.

Para quem não sabia, o Base, que como o Paulo Querido diz e bem, os jornalistas casmurros só agora descobriram na Internet ao fim de quase 2 anos, só foi possível pela casmurrice de políticos, juristas e técnicos, todos pagos pelos nossos impostos e a cumprir com a vontade Política e Legislação desses mesmos políticos da anterior legislatura

Existe um segundo site, feito da carolice e vontade de defensores do software livre chamado Transparencia-Pt, mas que só é possível porque usa os conteúdos registados no Base ao abrigo do novo Código de Compras Publica e respectivas portarias.

Os jornalistas, como não está em nenhum Press Release, ninguém os convidou para nenhum beberete, nem nenhuma máquina de comunicação partidária os acicatou, não se vão lembrar que os políticos casmurros de que falo são José Sócrates e Mario Lino, de quem preferem lembra-se apenas para os acusar de roubar a coisa publica.

Serviço Público

O debate do dia vai estar muito em breve em saber se os canais de televisão prestam ou não serviço público e o cumprem ou não, e se o fazendo, cumprem com a lei. A silly season predispor-se-á a isto e a muito mais.

Mais uma vez José Pacheco Pereira vem interceder por nós simples mortais, agora com a preocupação de querer salvaguardar os politicos de primeira de todos os proto-presidentes de junta que queiram tempo de antena nos meios de comunicação social.

A resposta não se fez esperar e foi directamente do produtor ao consumidor: uma vogal do concelho regulador, a Prof. Doutora Maria Estrela Ramos Serrano Caleiro fez questão de lhe dar pessoalmente com a luva branca, mas vai tarde pois a blogocoisa já pegou na deixa e segue para a sillyseason a todo o pano.

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) veio assim vincar onde a discussão será centrada, com a preocupação da salvaguarda da democracia pela igualdade de acesso à pluralidade de ideologias politicas em período de eleições através da directiva 2/2009 de 30 de Julho (PDF).

A lei consagra o estatuto de utilidade pública a instituições tão dispares (não confundir com disparates) como a igreja e os clubes de futebol e por isso à Comunicação Social, e principalmente às televisões, pelo seu poder natural, não chegará ser útil. Têm também de ser justas e isentas.

O verdadeiro serviço público que as televisões prestam neste momento é o de afastar as pessoas da utilização passiva da caixa e empurrá-las para as actividades mais sociais, como a troca de ideias mais simples e em 140 caractéres no Twitter, mas também por trocas mais aprofundadas nos blogs e mesmo nas colunas de opinião dos jornais impressos. A discussão no Twitter em torno do Prós-e-Contras é exemplo disso.

Mas da discussão sobre o serviço público e da televisão do estado nada de bom sairá para os telespectadores ou para os quadros da televisão pública se as partes, quero dizer os interessados, instrumentalizarem os canais de televisão concedendo espaço de opinião desequilibradamente.

O perigo será o aparecimento de novas cabeças pensantes que tentarão mais uma vez a teoria da privatização de mais um serviço público.

No meio das desigualdades de tratamento dos canais privados voltaremos a ter certamente a discussão se a RTP deve ou não ser privatizada, removida a publicidade e outros para criar a fumaça que apagará da memória as incorrecções desses canais privados.

  • Se optarem pela opção de retirar a publicidade à RTP, preparem-se pois que pelo dinheiro que se passará a poder pagar aos colaboradores na emissora pública, terão de pôr a Amiga Olga Cardoso para apresentar a Praça da Alegria.
  • Se por outro lado se rifar a RTP aos privados, eliminando totalmente o canal generalista, podemos ter de seguro que a guerra de audiências vai subir de tom, pois que havendo o share de publicidade do canal público para dividir entre os privados, haverá dinheiro para mais programas de qualidade duvidosa.

Para a história ficam os marcos de qualidade de conteúdos como o BigBrother e o Masterplan com que os canais privados nos premiaram.

A discussão voltará, vos garanto, e mais uma vez teremos as barricadas levantadas:

  • Por um lado os intelectuais de esquerda, a que agora chamam esquerda do caviar, fingindo estar do lado dos funcionários e dos cidadãos da RTP, que têm na televisão pública o único cliente certo das suas produtoras caducas com filmes tipo “Branca de Neve”.
  • No canto oposto do ringue teremos as empresas privadas e os seus delfins, estes dizendo estar também do lado do cidadão e dando conta dos excessos das anteriores direcções da estação pública feitos com os dinheiros dos seus concidadãos.

E nada mais natural numa guerra do que matar o mensageiro por não se gostar do teor da mensagem.

José Pacheco Pereira – A Piñata humana

Piñata José Pacheco PereiraJosé Pacheco Pereira têm sido alvo de todo o tipo de vilanagem prepertada pelos autores da blogocoisa e da twitaberna. Uma verdadeira piñata humana.

Na opinião de José Pacheco Pereira 99% dos autores da blogopimba estão zangados, insultam constantemente e não sabem escrever. Apenas os 1% restantes são os que contam.

José Pacheco Pereira baseia esta afirmação na sua leitura das caixas de comentários, afirmando que não são discussão, mas sim troca de insultos.

Aliás, somos de tal maneira incapazes que necessitaremos no futuro que José Pacheco Pereira fale por Manuela Ferreira Leite. Será o tradutor oficial da pessoa que ele entende será a nossa Primeira Ministra confirmada em Setembro de 2009.

Não há muito tempo alguém se voluntariou para comigo iniciar uma revisão do situacionismo de José Pacheco Pereira, comentando e revendo factos que pudessem suportar ou contradizer o que este afirma.

Mas esta teria de ser feita fora de “O Abrupto” que é o blog de José Pacheco Pereira, uma vez que lá não existe discussão por não haver caixa de comentários disponível, apenas difusão e conversas privadas.

Essa revisão seria organizada em torno de um novo blog com a proposta de nome inicial  de “Pacheco Pereira mete nojo”.

O blog seria dedicado ao exercício de interpretar os crípticos posts e afirmações que o visado faz no seu blog O Abrupto” e nos seus restantes púlpitos, mas o tom do titulo já indiciava a direcção da coisa e lá iríamos parar à lista dos 99% de imbecis da Internet, o que é algo que gostariamos de evitar.

A minha resposta natural foi que este tipo de acções não fazia parte da maneira de estar de cidadãos democratas e justos em que nos gostávamos de incluir, ficando por isso a iniciativa sem efeito.

Pensava eu que assim honrava o professor e historiador que tanta obra fez e cita e que sempre gostei de considerar como justo, informado e democrata.

Mas se afinal me dizem que JPP nem sempre é isento, em que fica o seu índice de situacionismo de cada vez que faz as suas afirmações?

Pergunta: “Escreve num jornal onde há uma cruzada declarada contra José Sócrates?” Resposta: “Sim, com que eu na maioria dos casos estou de acordo.” As frases entre aspas fazem parte de uma entrevista a José Pacheco Pereira conduzida por João Céu e Silva e publicada esta semana no DN.

in Diário de Noticias em 1 de Agosto de 2008 num artigo de opinião de Fernanda Cancio.

A minha mensagem para o José Pacheco Pereira é esta: Abra os comentários do seu blog e deixe-nos avaliar da vilanagem que escrevem sobre si. A Internet têm esta coisa que permite que os que queiram falar em seu favor também o façam.

Se trouxe o que considerou ser um facto a público ao acusar 99% da Internet de o perseguir, agora têm de deixar que os restantes 1% o defendam também publicamente. De outra forma, como saberemos quando estiverem equilibradas as forças? Contamos o número de púlpitos que lhe vão dando? Mas a lista ficará incompleta e poderemos sempre questionar as razões dessas atribuições:

  1. Quadratura do Circulo na Sic Noticias;
  2. Ponto contra ponto na Sic Noticias;
  3. Jornal Público; e
  4. Revista Sábado.

Não pode exigir clareza, transparência e justiça se a sua atitude não é de justiça, mas de obscurecimento.

Não se trata aqui de questionar ou atacar a pessoa, mas de concordar ou contradizer os raciocínios com que reduziu 99% a zangados insultuosos.

Trata-se de permitir que outros tenham os factos a que teve acesso e da qual extraiu a certidão de prova para a acusação aos 99%.

Diga-me lá, senhor José Pacheco Pereira: Com este post fui parar aos 99% dos zangados insultuosos, não foi? Ou foi com este?

Uma questão de autoridade da imagem

pspcomissariapaulamonteiroAs policias já não são hoje nada do que eram dantes.

Já não é só com a sr.ª Comissária Paula Monteiro, sempre a falar na televisão que mostram uma nova imagem.

Já não somos nós os seguidos, mas eles que são seguidos no Twitter. A @GNRepublicana está lá e a @DNPSP também.

Vamos ter saudades dos senhores “lá de xima” agora que são todos obrigados a dizer os esses e andar em forma.

O Agente da Autoridade aproxima-se da vossa viatura. Inspeciona a carroçaria com ar de entendido e faz a continências.

– Bom dia. Os xeus documentux.

– Sabe, senhor guarda…

– Xinhor guarda, não. Agente da Autoridade.

Agente da Autoridade… qual autoridade?

Já reparam que ninguém lhes passa cavaco?

– Páre, ou eu dixparo! – Grita o “Agente da Autoridade” para um ladrão.

Acham que ele pára? O ladrão corre é mais rápido ainda.

O que queriam que ele fizesse? Que ficasse ali paradinho?

– Prontos. Ele já me disse para parar, eu paro. Não tenho outro remédio que não seja ir levar umas cossas na esquadra.

Não fiquem com pena, que o juiz já o solta. É tudo uma questão de imagem.

Há que parecer presente, mesmo que se esteja ausente ou estando presente não faça diferença.