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Já se viram no meio de uma conversa de informáticos em que não percebem absolutamente nada pois a quantidade de acrónimos utilizada é tão grande que não se consegue acompanhar?

Sentimo-nos como que aterrados numa realidade paralela do “”Twylight Zone”” onde as pessoas, falam a mesma lingua, mas chamam os nomes trocados às coisas.

A sensação que temos é que a humanidade se alterou e nós não acompanhámos. Pode dizer-se que esta evoluiu às costas dos ditos bicharocos.

Não pensem que precisam de muito tempo para os aprender, podem sempre ir ao site Estudar.Org.

Seria bom que todos os soubéssemos para que os informáticos não nos paternizassem quando nos explicam mais um acrónimo novo com que a indústria americana os decidiu brindar.

É isto dos acrónimos não tinha ainda pegado em Portugal.

Os únicos grupos que dispunham de uma linguagem própria eram os advogados, que por estudar a lei da antiga Roma, lei à qual o nosso sistema judicial vai beber influências, conhecem grande parte da terminologia latina aplicada da dita lei.

Assim até nisto o seu conhecimento está empolado.

De tal forma que um destes informáticos a dizer muitos acrónimos de seguida consegue ludibriar o incauta na compra da ùltima pechincha sem qualquer valor do século.

Não se pense por isso que não têm valor os nossos informáticos, que eles têm muito valor. São os verdadeiros envagelizadores da PAX AMERICANA, e a sua Meca é Silicon Valley.

Mas que não pensem os americanos que se ficam a rir, pois que já uma parte da população desse país é latina, de origem sul americana. “”Si, se habla español.”” E “”nosotros”” se não tomarmos cuidado, tarde ou cedo “”también””.

Oscars à Portuguêsa

Já repararam como era constituída a assistência da gala Globos de Ouro?

De uma forma ou de outra todos eram filhos ou esposos ou outra coisa qualquer de um dos premiados.

A apresentar tínhamos a Catarina Furtado, filha de um ilustre realizador da Rádio Televisão Portuguesa, casada com o João Gil, que ganha dois globos, um deles partilhado com a dita apresentadora que por acaso até são amississímos dos Luis Represas, com a qual o João Gil tocou nos Trovante, e casado com a Margarida Pinto Correia, agora Represas, e que é Directora de uma destacada revista de informação para o público feminino, que até tem uma irmã que têm um programa de televisão…

Já estão confusos? Não percebo nada disto, mas infelizmente a conclusões a que chego são sempre as mesmas: – Eles são todos amiguinhos uns dos outros.

– Se quiserem entrar no circulo têm de ser parentes, mesmo que por casamento.

– A Catarina vai estar a apresentar os Globos de Ouro até eles arranjarem outro rabo de saia com contactos.

– Os apresentadores convidados se soubessem ao que vinham, nem cá tinham posto os pés, e os agora que cá estão, não perceberam mesmo nada, que o diga o Bryan Ferry, que assistiu o João Gil a tentar oferecer o Globo de Ouro que lhe haviam entregado à Catarina Furtado.

Afinal de contas, os nomeados são sempre os mesmos e o problema nem é que eles não tenham talento.

O problema é que os prémios e os cachés que recebem transformam toda esta tentativa de empolar o prémio num esforço vazio de conteúdo com a única finalidade de encher os bolsos do canal de Carnaxide e da revista Caras, que pendurados nos ditos prémios venderam mais um espacito publicitário.

Acha que deviamos continuar a produzir prémios à portuguesa ou aumentar o nosso esforço para ganharmos e sermos reconhecidos no estrangeiro? E os prémios que para aí oferecem, não acham que deviam dar mais do que prestigio?

Eu por mim digo que deviam trazer atrás uma carga pecuniária que servisse para o galardoado produzir algo melhor e maior que a ultima obra.

Os artistas portugueses são acima de tudo génios para mim, pois com um décimo talvez das condições dos seus congéneres europeus, conseguem produzir, realizar, interpretar, criar e divulgar as suas obras, e não teriam qualquer dificuldade em com dez vezes os seus orçamentos habituais em produzir trabalhos com muitos melhores resultados artísticos e comerciais.

SS – Segurança Socialista

O Tribunal de Contas, que para todos os efeitos tem apenas poderes consultivos relativamente ao exercício de funções de deputados e elementos do governo desde, caso não me falhe a memória, o ano de 1996, afirmou num longo documento, sobre o qual confesso ter conhecimento através de terceiros, que o Governo para variar fez letra morta dos seus conselhos, debilitando progressivamente o sistema de segurança social.

Pelo que diz o Secretário de Estado, que por acaso até se chama Vieira da Silva, este é apenas um quadro mal pintado. Na realidade está tudo bem e a melhorar.

O quadro é lindo. Transparecia confiança quando na noite de 2 de Agosto, no Jornal 2 da RTP,o Secretário de Estado da Segurança Social se dirigiu aos portugueses afirmando-lhes que: “”A Segurança Social está aqui para mais uns vinte anos.”” isto porque o responsável pelos fundos da SS tinha presumivelmente afirmado, que estes não dariam para pagar as reformas desta geração, a um jornal diário.

As afirmações citadas neste jornal, verdadeiras ou não, valeram um pedido de demissão do seu responsável, que foi recusado, pois que, convenhamos, quem diz a verdade não merece castigo.

Estas afirmações em nada contibuiríam para o nosso desassossego não fora o Tribunal de Contas, o tal que só tem parecer consultivo, ter afirmado que o Governo por não ter acatado as recomendações que este lhe fez em 1998, provocou o aumento de fuga às contribuições.

Mas afinal o Tribunal de Contas não tem nada que desassossegar o povo com afirmações levianas, e muito menos o responsável pelos Fundos de Emergência ou um qualquer pasquim diário, pois que pelo pintor da Segurança Social isto pode provocar algo de mau, que nas suas palavras, e estou a citar “”Quem o afirmar está a cometer uma grave irresponsabilidade.””.

Na realidade o Secretário de Estado não está muito longe da verdade, senão imaginem que os portugueses, todos em conjunto, decidiam boicotar a colecta de impostos e de contribuições à segurança social. Seria realmente uma revolta das massas o dia em que todos os portugueses concordassem que estamos a entregar o nosso dinheiro a irresponsáveis.

Quer seja à Segurança Social, quer seja ao IRS. O autêntico descalabro financeiro do estado.

Naturalmente que continuariam a existir aqueles que por força das circunstâncias teriam de continuar a contribuir, mas mesmo assim o governo seria obrigado a apertar finalmente e efectivamente o cinto e isso seria uma vitória.