Plano Tecnológico para informáticos de meia tigela

1st apple computerO plano tecnológico é algo que eu tenho de ler, mas não me parece que venha lá a solução para o problema dos informáticos de meia tigela na Medida da Modernização da Administração Pública. Esta fica-se pelo balcão e atrás do balcão parece-me que fica a mesma confusão.

Vem lá no plano que devem entregar computadores portáteis aos alunos desde o primeiro ciclo aos restantes anos de escolaridade.

A minha proposta ao Sr. Primeiro Ministo é que em iniciativa idêntica disponibilize os mesmos computadores aos funcionários dos institutos públicos e outros organismos estatais para serem as suas ferramentas de trabalho em lugar dos actuais computadores fixos.

Mas Sr. Primeiro Ministo, não deixe que os sr. Informáticos decidam por si se a medida é ou não viável.

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Usabilidade em projecto de desenvolvimento

Digo pregar pois que muitas vezes repete-se a cartilha tantas vezes às equipas de desenvolvimento que tenho a sensação de que fui até ao novo mundo levar a boa nova.

Os responsáveis dos projectos, pressionados pelas prestações fracas das equipas de desenvolvimento na matéria, pela hierarquia e outros factores externos ao projecto, dirigem-se a mim e pedem para eu aplicar “”aquela coisa da usabilidade””.

A resposta a este pedido deveria ser a pergunta: “”Quer que embrulhe?”

Pois a usabilidade não se vende aos bocadinhos, não se embrulha para desenbrulhar apenas quando queremos, não serve para oferecer às partes ou repartir, e mesmo que assim fosse todos os bocadinhos juntos não fariam um total, mas apenas um conjunto de bocadinhos.

Geralmente quando os testes são solicitados já é muito tarde no processo de desenvolvimento.

A intrevenção tardia provoca então o aparecimento de tarefas de correção que acrescem nos custos de desenvolvimento.

A resposta rápida do fornecedor a este tipo de correcções é que os requisitos ou as funcionalidades foram alterados, havendo assim lugar a alteração do orçamento, o que como consequência provoca a decisão do responsável do projecto em não efectuar as ditas alterações.

Então em que ficamos?

Cada projecto de tecnologias de informação deverá definir explicitamente que tarefas e em quanto tempo é pretendido que a aplicação facilite. Estes requisitos permitiram a exigência inicial dos respectivos testes, dado que a análise funcional deverá permitir dar resposta a essas exigências.

Então como podemos ajudar os Analistas que desenvolvem a análise funcional?

Muitas questões que se pretendem resolver foram antes resolvidas por outros de forma pioneira e normalizadas para poderem ser aplicadas em massa sem a necessidade de testar toda e qualquer funcionalidade.

A produção de um caderno de normas graficas, elaborado coerentemente e testado junto dos utilizadores, que especifique e normalize os desenvolvimentos dos interfaces poderá facilitar em muito a relação e aceitação dos utilizadores.

Mas muitas equipas de desenvolvimento, habituadas que estão a desenvolver sem quererem fazer recurso à normalização, pretendendo com isso produzir algo novo, esquecem-se que esta normalização permite que esforços de pesquisa sejam atribuidos a tarefas que resolverão problemas expecificos da aplicação.

Será responsabilidade dos técnicos ou dos gestores de projecto? De ambos. O gestor de projecto se acredita que tudo o que os seus colaboradores estão a efectuar é completamente novo apenas demonstra a sua ingenuidade, por outro lado o técnico que julga que pode re-inventar a roda só demonstra a sua mediocridade.

Em português currente, até parece que estou a tentar puxar a brasa à minha sardinha dado que estando os desenvolvimentos normalizados, haverão menos variáveis para controlar durante os testes de usabilidade e os testes funcionais.

Os argumentos para não testar as aplicações, em qualquer das suas vertentes, e desculpem-me a analogia mediocre, é igual ao dos construtores automóveis para não testarem as suas viaturas em cenários de desastre.

Mas há algo de errado com esta analogia, uma vez que os testes com viaturas estão lá para assegurar a vida do condutor e seus acompanhante, mas leiam atentamente os Acordos de utilização ou End User License Agreement de certos sistemas operativos e programas antes de os usarem num sistema electrónico de controlo fabril ou de suporte à vida.

Aquele que

É uma história recente aquela do programador autodidacta transformado num mau gestor de projecto que têm de ser reconvertido num pior consultor. Para aqueles que estão a ler isto e pertencem aquela interminável lista de vítimas dos consultores/programadores/gestor de projecto e que já tiveram entre mãos a necessidade de contratar uma empresa de desenvolvimento de software, sabem do que estou a falar. Continuar a ler “Aquele que”

Quando os homens se casaram com as máquinas

O homem tem grande dificuldade em adaptar-se ao funcionamento de qualquer objecto mecânico em que não consiga relacionar a causa efeito directamente.

Quando houver lugar a alterações no sistema, o utilizador deverá ser informado Continuar a ler “Quando os homens se casaram com as máquinas”