Principios de redes sociais para empresas

Wisdom of the crowdsO Web 2.0 foi o chavão jornalístico do ano 2006 que foi criado como uma definição da 2ª geração de comunidades baseadas na World Wide Web e dos serviços que estas tinham à sua disposição.

Para compor o ramalhete juntaram-lhe outro chavão: AJAX. Não é um detergente, mas sim um conjunto de técnicas de programação que permitem o desenvolvimento de aplicações enriquecidas por dados lidos apartir de XML, mas em que a principal imagem de marca é que não tem de se recarregar a página para obter dados novos.

Os sites deixaram de ter uma secção a que chamavam “comunidades” para passarem eles próprios a conterem informação criada, ordenada e moderada pelos seus próprios utilizadores, algo defendido já em 2005 pela organização Demos como forma de governação, proposto por David Siegel em 1999 num dos seus livros e explicado aqui pelo jornalista James Surowiecki.

Enquanto a WWW origina na necessidade dos cientistas do CERN partilharem a sua informação, os ambientes empresariais estão longe de terem neste momento semelhanças com o ambiente académico e de investigação em que a Web se desenvolveu.

Os modelos de aproveitamento de inteligência do grupo passam todos por libertar o poder de moderação e entregá-lo aos utilizadores.

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Cloud computing como alteração do equilíbrio de poder

Querem-nos fazer crer que cloud computing é como utilizar a rede eléctrica ou telefónica, mas não é. Nos casos das redes, estes transportam-nos algo para nos entregar. É acima de tudo transitório e o risco associado é temporário. No cloud computing nós confiamos o que é nosso por muito mais tempo.

A relação de poder fica desequilibrada a favor de quem presta o serviço quando lhe entregamos a nossa informação para guardar na sua nuvem de computação (cloud computing). Podem ouvir aqui um senhor de óculos e modos estranhos a explicar como funciona ou aqui o senhor da Google a vender o peixe dele.

Eu uso as aplicações disponíveis na Internet que chegue. Aliás, considero-me mesmo um caso clinico de vicio. Basta seguirem-me no Twitter ou no Linkedin para saberem isso, mas na realidade nada do que lá coloco é essencial ao meu dia a dia e à minha vida pessoal. Não passam de inflamações do meu próprio egocentrismo que partilho na comunicação com outros. Não as entregar desapaixonadamente ao etér seria como proibir as pessoas com quem falo de reterem o que lhes digo.

No caso das empresas e instituições o caso muda de figura. Não se tratam de meras conversas ou piropos inflamatórios, mas da garantia de direitos e obrigações que passam a ser atribuídos a outros.

Como pilares do cloud computing para empresas temos o Software como Serviço (SaaS) e o Hardware como serviço (HaaS). Os dados residem no prestador de serviços conforme o modelo de contratação que ele próprio idealiza e com a força negocial que a concentração dos seus clientes lhe irá dar.  Estas empresas prestadoras de serviços não conseguem hoje esta alavanca negocial sem a mudança que nos propõem. O modelo está imaginado para alterar a concentração, garantindo condições negociais muito superiores a quem prestar o serviço. Continuar a ler “Cloud computing como alteração do equilíbrio de poder”

Plano Tecnológico para informáticos de meia tigela

1st apple computerO plano tecnológico é algo que eu tenho de ler, mas não me parece que venha lá a solução para o problema dos informáticos de meia tigela na Medida da Modernização da Administração Pública. Esta fica-se pelo balcão e atrás do balcão parece-me que fica a mesma confusão.

Vem lá no plano que devem entregar computadores portáteis aos alunos desde o primeiro ciclo aos restantes anos de escolaridade.

A minha proposta ao Sr. Primeiro Ministo é que em iniciativa idêntica disponibilize os mesmos computadores aos funcionários dos institutos públicos e outros organismos estatais para serem as suas ferramentas de trabalho em lugar dos actuais computadores fixos.

Mas Sr. Primeiro Ministo, não deixe que os sr. Informáticos decidam por si se a medida é ou não viável.

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